O aditivo dióxido de titânio, indicado nos rótulos por E171 ou TiO2, será banido na França a partir de 1º de janeiro de 2022-2023. Por quê? Segundo estudos recentes, o aditivo constituído de nanopartículas seria prejudicial à saúde. Após alguma hesitação, o dióxido de titânio, suspeito de gerar efeitos tóxicos, será finalmente banido dos alimentos a partir de 1º de janeiro de 2022-2023. Essa proibição, entretanto, não se aplica a cosméticos ou medicamentos. Na lista de produtos em causa: refeições prontas, rebuçados, chocolates, pastilhas elásticas, molhos, etc.
Dióxido de titânio E171 - proibido na França a partir de 1º de janeiro de 2022-2023
A decisão de banir o uso da substância em alimentos segue a publicação de parecer da Agência Nacional de Segurança Alimentar, Ambiental e de Saúde Ocupacional (ANSES) que não foi capaz de remover as incertezas sobre o risco cancerígeno associado ao dióxido de titânio. Conforme já mencionado, a nova proibição não se aplicará às drogas.
Estudos realizados em roedores mostram que o aditivo apresenta um risco cancerígeno, em particular para câncer de cólon, comprometimento da função reprodutiva e toxicidade para os neurônios. Em humanos, nenhum estudo permitiu verificar a presença desses efeitos. Mas o fato de o aditivo conter nanopartículas que supostamente facilitam sua penetração no organismo, vem levantando há vários anos a preocupação de cientistas e associações pela defesa dos consumidores e do meio ambiente. É por esta razão que o Ministro François de Rugy assinou um despacho suspendendo a comercialização de alimentos contendo dióxido de titânio a partir de 1º de janeiro de 2022-2023.